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A Reforma da Previdência e o desemprego

23 ago, 2019

Artigos


De longa data, o Estado ante a má administração e gerência de suas finanças, bem como pelos desvios oriundos da corrupção, necessita cada vez mais de recursos para fazer frente aos gastos públicos, o que inevitavelmente onera toda a população brasileira, principalmente os mais pobres.

Em decorrência disto, busca-se aprovar reformas as quais sempre redundam em prejuízos para a classe trabalhadora a despeito da manutenção dos privilégios dos seus representantes em todos os entes federativos.

Assim, a temida e iminente reforma da previdência surge como suposta salvadora da pátria e única hipótese para que o país volte a andar nos trilhos da ordem e progresso, conforme preconiza a bandeira nacional.

A cada reforma previdenciária consolidada, são retirados direitos dos seus segurados, bem como implementados novos requisitos que sempre dificultam ou postergam o momento de suas aposentadorias, tornando este sonhado momento em um evento cada vez mais futuro e incerto.

A previdência social, que tem como objetivo salvaguardar principalmente os eventos doença, tempo de contribuição e idade avançada, se distancia cada vez mais do cidadão, embora este tenha contribuído por quase uma vida toda para os cofres públicos.

O que se vê nos dias atuais e cada vez mais se verá, é uma geração de idosos que ao se aposentar (quando conseguem), se deparam com um valor de benefício substancialmente inferior a sua média contributiva laboral, razão pela qual continuam a trabalhar para poder manter um padrão de vida digno, o fazendo até a morte ou enquanto a saúde permitir.

Por outro lado, cresce na mesma proporção uma geração de jovens frustrados, que ao finalizarem seus estudos não conseguem ingressar no mercado de trabalho, pois seus avós ainda ocupam, até que a morte os separe, as sonhadas vagas que lhes garantiriam o primeiro emprego e o consequente ingresso no mercado de trabalho.

Assim, nota-se que a cada reforma da previdência aprovada, os seus segurados são penalizados a continuarem trabalhando indefinidamente, o que sem sombras de dúvidas gera um abrupto crescimento na taxa de desemprego, pois enquanto um grupo de trabalhadores não consegue se afastar definitivamente de uma vida laboral ativa, outra parcela da população sofre para ingressar no mercado de trabalho.

Autor: DANIEL RODRIGUES BRIANEZ (OAB/PR 42.454)

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